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Empaer prepara feno de maniçoba para alimentar animais durante a seca

publicado: 15/05/2020 12h01, última modificação: 15/05/2020 12h01
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O período chuvoso no Cariri está possibilitando aos produtores armazenar ração para a alimentação de animais em período de estiagens, utilizando a pastagem nativa. Neste sentido, a Estação Experimental Pendencia, da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Sedap, município de Soledade, começou nesta semana a colher maniçoba para a confecção de feno, que será usado, no tempo oportuno, para alimentar o rebanho de caprino e ovino ali existente, objeto de pesquisa.

Segundo gerente da Estação, Leonardo Medeiros, mesmo com o pouco inverno na região, a meta é fazer o armazenamento de três mil toneladas de maniçoba, que serão incorporadas na formulação das rações. Maniçoba é forrageira nativa de alta palatabilidade que vai baratear os custos na formulação da ração para o rebanho. “A quantidade produzida será de extrema importância para o arraçoamento do rebanho”, comentou.

O pesquisador lembrou que para realizar a fenação, após o corte da maniçoba, a plantar deve ser triturada em máquina forrageira, espalhada em finas camadas no terreiro e revirada duas ou três vezes ao dia, para secar uniformemente. O material deve estar fenado em dois a três dias, estando pronto para ser armazenado e consumido pelos animais em período de maior necessidade. “O feno de maniçoba pode ser guardado em sacos, ou mesmo, a granel, em ambiente livre de umidade”, lembra.

maniçoba2.jpgA folhagem da maniçoba e o feno possuem excelente aceitação pelos animais, apresentando até 20% de proteína bruta e 60% de energia (nutrientes digestíveis totais). Lembra Leonardo que a secagem e armazenamento terá repercussão no valor nutritivo do feno. “Seu consumo poderá atingir 3,3% do peso vivi do animal. Entretanto seu fornecimento, como o de qualquer outro alimento, nunca deve ser exclusivo ou único, mas acompanhado de outra ração”, explicou.

Outras rações - Na mesma estação Pendência, estão sendo cultivados cinco hectares de sorgo forrageiro, e mais dez hectares de milho, com a previsão de colher 150 toneladas de produtos para atender na alimentação de 600 animais que compõem o rebanho de caprinos e ovinos de pesquisa de melhoramento genético.

Este material volumoso será transformado em silagem para arraçoar esses animais no período da entressafra, que vai dos meses de agosto a dezembro, quando a região onde está localizada a estação de pesquisa caprina e ovina, registra escassez de ração, informou o gerente da Estação, Leonardo Medeiros.

O secretário Efraim Morais, do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, tem ressaltando a importância de ações dessa natureza, que permitem a garantia do prosseguimento das pesquisas de melhoramento genético em caprinos, ovinos e bovinos nas estações experimentais do Governo do Estado, mesmo em período de longas estiagens.