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Agricultores da Agrovila Águas de Acauã começam colheita de algodão do roçado coletivo

publicado: 13/09/2023 13h19, última modificação: 13/09/2023 13h19
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Os agricultores familiares que integram Projeto Agrovila Águas de Acauã, implantado pelo Governo do Estado como acolhimento das famílias que foram impactadas pela Barragem de Acauã, no município de Itatuba, começaram nesta terça-feira (12), a colheita do algodão branco consorciado com milho e feijão do roçado coletivo. As culturas foram plantadas em mais de 16 hectares. A previsão é de que sejam colhidas mais de 10 toneladas de algodão branco orgânico. Isso garante segurança alimentar e renda com a comercialização da produção.

Acua5.jpegO Governo do Estado, por meio da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Secretaria do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), e os parceiros, Ministério Público Federal, Incra e a Prefeitura Municipal de Itabuba organizaram as famílias para o cultivo do algodão. Desde o primeiro momento, a Empaer presta a assistência técnica às famílias agricultoras do Reassentamento Agrovila Águas de Acauã, em Itatuba (PB), daí reconheceram o sucesso do projeto.

No Projeto Agrovila Águas de Acauã estão assentadas 100 famílias, em uma área de 330 hectares, sendo que mais de 16 hectares foram utilizados para o uso coletivo dos assentados e da cooperativa com o cultivo de algodão, milho e feijão em forma de sequeiro, e outras culturas destinadas ao consumo das famílias. Ao final da colheita de toda a produção, a renda é repartida igualmente entre todos.

Acua4.jpegSegundo o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), agricultor Osvaldo Bernardo de Sousa, o plantio coletivo foi de fundamental importância porque contou com participação de vários parceiros, como também, tem a compra garantida do algodão pela empresa Redes Santa Luzia, que paga R$ 5,00 pelo quilo na rama, além de fornecer a semente e a sacaria.

O cultivo do algodão faz parte Projeto Algodão Paraíba Agroecológico, executado pelo Governo do Estado, por meio da Empaer, o que garante a segurança alimentar e renda para as famílias. Participam do plantio no Projeto Agrovila Águas de Acauã produtores rurais, mulheres agricultoras e jovens.

Acua2.jpeg“Depois de muitos anos sem condições de plantio, devido a presença do bicudo, o algodão ressurge na região como uma alternativa de renda para as famílias, com todo o processo de plantio sendo feito de forma orgânica, seguindo as orientações da Empaer”, comentou o agricultor e líder do Movimento dos Atingidos pelas Barragens, Osvaldo Bernardo.

Para a jovem Aline Araújo, que considerou o início da colheita como um momento histórico, depois de uma grande espera, mas após o plantio, agora tudo é confortante com a colheita do algodão. “Foram parcerias muito importantes para todos porque estão possibilitando gerar renda”, comentou.

Acua1.jpegO prefeito Josmar Lacerda falou da importância do projeto de retomada da cultura do algodão para as famílias agricultores do município, que tem uma população de 11 mil habitantes, além de proporcionar a geração de renda. “As parcerias com o Governo do Estado, por meio da Empaer, estão dando bons frutos”, disse.

Agrovila das Águas - O Projeto Agrovila Águas de Acauã que foi implantado pelo Governo do Estado, contempla as famílias com 100 unidades habitacionais, abastecimento d'água completo, área para escola, campo de futebol, Unidade Básica de Saúde, praça e centros religiosos entre outros benefícios.

As famílias atendidas foram desalojadas pela barragem Acauã, que atingiu seis comunidades rurais: Pedro Velho, Riachão, Cajá, Costa e Melancia, todas no município de Itatuba.