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Empaer e UFPB lançam cultivar de acerola mais saborosa e rentável

publicado: 10/11/2025 10h45, última modificação: 10/11/2025 10h45
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cultivar de acerola denominada Rubi-PB, exclusiva da Paraíba, desenvolvida pela Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer) e o Centro de Ciências Agrárias da UFPB (CCA), com validação no Registro Nacional de Cultivares, será lançada oficialmente na próxima quarta-feira, dia 12, no Campus da UFPB, em Areia.

O objetivo das pesquisas foi obter uma variedade superior de acerola (Malpighia emarginata DC.), que se destacasse em produtividade, teor de sólidos solúveis, sabor e coloração da polpa em relação a outras variedades. O registro da cultivar representa um marco para o desenvolvimento da região e do setor agrícola em todo o País.

As pesquisas tiveram início em 2000 pelo pesquisador João Bosco, a partir de materiais avaliados no Banco de Germoplasmo da antiga Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária (Emepa), e a partir de 2006 o projeto passou a ser conduzido pela pesquisadora Gerciane Cabral da Silva, ambos da Emepa. Depois, no ano de 2019, pesquisas passaram a ser desenvolvidas pelo Viveiro de Fruticultura do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais do CCA/UFPB.

Trata-se de uma cultivar que apresenta um elevado teor de ácido ascórbico e antocianinas, nutrientes essenciais que trazem benefícios à saúde. A cultivar Rubi-PB se destaca pela preservação do sabor e sua coloração vermelho-escarlate mais intensa e estável ao longo do tempo de armazenamento, além de maior tempo de permanência no pé, favorecendo a colheita antes de caírem ao solo, agregando valor comercial. Com isso, promoverá o desenvolvimento da cultura regional.

O material foi validado no Registro Nacional de Cultivares (RNC), em setembro de 2024, sendo a primeira fruteira desenvolvida e registrada no estado da Paraíba. A partir de agora, a acerola Rubi-PB estará à disposição dos produtores rurais, que poderão fazer as encomendas junto ao viveiro da Empaer na Estação Experimental Cientista José Irineu Cabral da Empaer (mudas certificadas) e no Centro de Ciências Agrárias da UFPB que poderão produzir as mudas.

Depois de 2019, os trabalhos de pesquisa foram conduzidos pela agrônoma Gerciane Cabral da Silva, pesquisadora da antiga Emepa (agora Empaer), além das professoras Rejane Nunes de Mendonça e Naysa Flávia Ferreira do Nascimento, responsáveis pelo Laboratório de Fruticultura e Melhoramento de Plantas do CCA, além da servidora Jandira Pereira da Costa.

A pesquisadora Gerciane Cabral considera que o registro representa uma realização pessoal e profissional. É um trabalho de pesquisa que representa avanços no sentido de beneficiar produtores rurais, pesquisadores e consumidores, além de impulsionar o setor agroindustrial.

O diretor de pesquisa da Empaer, Aderval Monteiro Valença Dias, informou que mudas já estão sendo preparadas para comercialização, no próximo primeiro trimestre de 2026, para atender aos produtores interessados na cultura da acerola.