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Governo começa cultivo de sorgo forrageiro para alimentar rebanho nas Estações de pesquisa animal

publicado: 05/05/2020 10h27, última modificação: 05/05/2020 10h27
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Aproveitando o período de chuvas, o Governo do Estado está plantando sorgo e milho nas Estações Experimentais de Pesquisa Animal de Umbuzeiro, Pendência, Tacima e Alagoinha, para a alimentação dos rebanhos de bovinos e caprinos que integram os projetos de pesquisas de melhoramento genético em período de estiagens. Os trabalhos são executados pela Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Sedap.

Sorgo 04-05.jpegNa estação de pesquisa em Umbuzeiro, está sendo realizada a preparação da terra de forma mecanizada para o plantio de nove hectares de sorgo forrageiro. “Nosso intuito é o de atender nossas necessidades nos períodos de estiagem, realizando a estocagem do sorgo”, afirmou o gerente da Estação Experimental Epitácio Pessoa de Umbuzeiro, Gilvan Ramos da Cruz Junior.

O sorgo forrageiro tem demonstrado grande potencial para utilização na alimentação animal, podendo ser utilizado como feno, pastejo, corte direto e silagem. Gilvan Junior ressaltou que o sorgo possui boa rusticidade e capacidade de adaptação às condições limitantes, como temperaturas elevadas e escassez de água das regiões semiárida. “A silagem de sorgo apresenta baixo custo de produção, maior capacidade de suportar a estiagem e boa capacidade de desenvolvimento”, comentou.

Pendencia sorgo 04-05.jpgNa estação de Pendência, município de Soledade, está sendo plantados cinco hectares de sorgo forrageiro, e mais dez hectares de milho, com a previsão de colher 150 toneladas de produtos que servirão para atender cerca de 600 animais. Este material volumoso será transformado em silagem para arraçoar esses animais no período da entressafra, que vai dos meses de agosto a dezembro, quando a região onde está localizada a estação de pesquisa caprina e ovina, registra escassez de ração, informou o gerente da Estação, Leonardo Medeiros.

A estação experimental de Alagoinha está plantando 14 hectares de sorgo e milho, para a silagem de produtos visando atender a necessidade de rebanho, informou o gerente Rubens Fernandes da Costa. Também no local é executado há quatro anos o projeto de pesquisa sobre Integração Lavoura-Floresta (ILPF), numa ação conjunta com a Embrapa Algodão e Embrapa Solos, a UFPB e outros parceiros, apresentando resultados Alagoinha capim 04-05.jpgpositivos. Os trabalhos tem acompanhamento do diretor de Pesquisa da Empaer, Manuel Antônio de Almeida (Manuel Duré).

A estação experimental de Tacima ainda aguarda o período de chuvas para iniciar o plantio de doze hectares de sorgo para a confecção de silagem, devendo colher 120 toneladas. Também servirá para a alimentação dos animais. Será preparada uma estocagem de 3000 quilos de capim Buffel, informou o gerente Jefferson Alves Viana.

O presidente da Empaer, Nivaldo Magalhães, destacou que essa ação é de fundamental importância para manter um razoável suporte de ração animal que possa ser utilizada durante o período de estiagem, como em anos anterior. Lembrou que, em 2019, por exemplo, parte desta forragem foi repassada a pequenos criadores que estavam passando dificuldade para alimentar seus rebanhos.