Notícias
Interesse da indústria têxtil e produtores fez aumentar a produção de algodão colorido
A indústria têxtil está cada vez mais interessada no algodão orgânico colorido, o que levou a aumentar o número de produtores rurais na Paraíba por essa atividade. Uma das motivações é a garantia de preço e assistência técnica continuada. Houve um crescimento considerável na área plantada neste ano com relação à safra anterior, chegando a 100 hectares cultivados, no Sertão e no Agreste paraibano.
Em assentamentos nos municípios de Salgado de São Félix e Juarez Távora, a previsão é de que sejam cultivados 40 hectares dentro do programa “ATER Algodão Orgânico Paraíba” cujo plantio começou em maio mediante a distribuição de sementes BRS Verde e BRS Rubi disponibilizadas pela Embrapa. No Sertão, a área plantada foi em torno de 60 hectares, já estando em fase de colheita. A Natural Cotton Color e a Santa Luzia Redes e Decoração compram toda a produção do algodão colorido.
O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Jefferson Morais, ressaltou que na Semana Nacional de Orgânicos, é bom lembrar que os produtores rurais se dedicam ainda mais ao cultivo do algodão de forma sustentável, e que os técnicos, juntos com os parceiros, mesmo em face do isolamento social, continuam dando a assistência à distância. “Cada vez mais tem aumentando o interesse de produtores pelo cultivo em algodão colorido na Paraíba”, disse.
Bons resultados – Devido a orientação técnica continuada e acompanhamento da produção, o sistema de agricultura familiar alcançou escala industrial, com produtividade de 1.200 kg por hectare. Segundo o diretor da Santa Luzia Redes e Decoração, Armando Adonias Dantas Filho, a parceria com a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), comandada pelo secretário Efraim Morais, e Embrapa e o Centro de Tecnologia Têxtil e Confecção do Senai Paraíba tem contribuído para o avanço da área cultivada com algodão colorido e consolidando de vez essa atividade.
Devido a orientação técnica e acompanhamento da produção, o sistema de agricultura familiar ganhou escala industrial, atingiu a produtividade de 1.200 kg por hectare. Para alcançar o preço adequado, as empresas que adquirem a produção, numa parceria com a Empaer, Embrapa e Senai, investiram em inovação e assistência técnica, alcançando visibilidade.
O executivo da Santa Luzia Redes e Decoração ressaltou ainda que o algodão colorido natural e orgânico certificado tem ganhado protagonismo no mercado interno e externo. “O algodão nasce naturalmente colorido, é cultivo sem irrigação e sem aditivos químicos”, disse.
Armando Dantas ressaltou que entre os parceiros se destaca a Empaer que, com o conhecimento dos técnicos para essa atividade agrícola, orientando desde o preparo da terra ao cultivo sem uso de defensivos, tem dados bons resultados. O empresário destacou que o programa está fortalecendo as comunidades agrícolas da Paraíba.
“A ação da empresa em priorizar o cultivo em áreas remotas e de grande vulnerabilidade social é louvável. Isso traz um beneficio significativo com a transformação econômica para essas famílias que antes plantavam apenas para subsistência e, hoje, já nutrem novas perspectivas melhorando sua autoestima”, comentou Nivaldo Magalhães, presidente da Empaer.
Em Catolé – A região polarizada pelo município de Catolé do Rocha, Sertão, produtores rurais dos municípios de São Bento, Brejo do Cruz, Belém do Brejo do Cruz e São José do Brejo do Cruz que antes trabalhavam com outras culturas, mas atraídos pelos incentivos oferecidos, como sementes de boa germinação, assistência técnica e a garantia de compra de toda a produção com preço fixado, estão investindo na produção algodão orgânico colorido.
O plantio através do programa “ATER Algodão Orgânico Paraíba”, é um marco importante para o retorno em maior escala da cultura do algodão no Sertão Paraibano, sendo uma excelente referência para o nosso trabalho de extensão rural.