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Jovem agricultor de Alagoa Nova se destaca com uso de tecnologia inovadora no cultivo

publicado: 05/05/2025 12h34, última modificação: 05/05/2025 12h56
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O jovem agricultor, Emanuel  Cardoso, do sítio São José, localizado no município de Alagoa Nova, está se destacando como um exemplo de inovação no campo paraibano. Ele recebe assistência contínua da Empresa Paraíba de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), e adotou a tecnologia do mulching - uma técnica  que os canteiros são cobertos por uma lona de dupla face, em que ajuda na proteção do solo contra os raios solares e evita uma maior evaporação da água utilizada no cultivo de maracujá e pimentão.

Emanuel recebe orientação técnica da Empaer há 12 anos, através do técnico Carlos José. “Todo apoio técnico foi atendido, sendo uma parceira fundamental nesse processo”, afirmou o agricultor.

A técnica do mulching vem sendo utilizada em algumas regiões do estado, como Boqueirão e no Sertão da Paraíba.  O uso da técnica no brejo paraibano ainda está em fase embrionária.  Para o técnico Carlos José, essa técnica viabiliza uma redução de gastos. “O agricultor tem menor gasto com mão de obra, e também com o uso de água, pois evapora menos, uma vez que o sol não incide diretamente no solo”. afirmou

Segundo Carlos José, a baixa adesão da técnica no mulching no Brejo paraibano,  se justifica pela falsa ideia de que a região dispõe de grandes bacias hidrográficas.”Nos últimos anos, asWhatsApp Image 2025-05-05 at 11.32.02 (1).jpeg mudanças climáticas estão alterando esse processo de chuvas em diversas localidades e o Brejo paraibano já está sentindo esse processo. Por isso, inovações como o mulching viabilizam economia água alinhado à preservação ambiental”

Antes, Emanuel utilizava métodos tradicionais em suas plantações, como a irrigação por gotejamento. No entanto, buscando maior produtividade, melhor qualidade dos produtos e, consequentemente, mais renda, ele adotou o mulching em dezembro de 2024. Ele observou que os métodos convencionais causavam compactação do solo, o que prejudicava a qualidade dos frutos, já que o contato direto com a terra comprometia seu valor de mercado.

A escolha pelo cultivo de pimentão e maracujá se deu pela possibilidade de alternar culturas com ciclos distintos. Segundo Emanuel: “Essas duas variedades me possibilitam ter produções em sequência. Quando o pimentão parar de produzir, o maracujá estará no auge da produção. Isso garante uma renda contínua.”

WhatsApp Image 2025-05-05 at 11.32.01.jpegPerguntado sobre a produção, Emanuel destacou o caso do pimentão, da variedade Caimã, indicada para climas mais amenos. A estimativa é de 250 caixas por milheiro, o que representa uma produção total de aproximadamente 3.700 caixas em toda a área plantada.

Quanto à comercialização, além das vendas em Alagoa Nova e cidades vizinhas como Campina Grande, Emanuel expressou interesse em participar de programas governamentais como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).

De acordo com o secretário de Agricultura de Alagoa Nova, André Brasil, a atuação da Empaer tem sido essencial para o avanço da agricultura local: “Emanuel é um exemplo de sucesso em Alagoa Nova. Ele vem de uma família de agricultores e recebe apoio direto do Governo do Estado por meio da Empaer”, destacou.

A agricultura na Paraíba segue apoiada pela Empaer,  atrelada com o desenvolvimento tecnológico, sustentável e trilhando caminhos inspiradores como os de Emanuel.