Notícias

Paraíba inicia produção de algodão orgânico com irrigação

publicado: 16/09/2025 13h32, última modificação: 16/09/2025 13h32
CAPA 2025.jpeg

Mais um passo importante foi dado para ampliar e consolidar o projeto de algodão orgânico consorciado no Semiárido da Paraíba, a partir de uma ação conjunta entre a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer) e o Instituto Casaca de Couro (ICC), utilizando o sistema de irrigação, permitindo até três colheitas anuais.

O projeto foi implantado no município de Pilar, na Comunidade Chã de Areia, junto a três produtores rurais que são atendidos pela Empaer. Durante o lançamento o projeto na comunidade, a Gerência Regional da Empaer em Itabaiana foi representada pelo agrônomo João Gonçalves.

“O Governo do Estado, por meio da Empaer, vai prestar todo a assistência técnica. A prefeitura municipal de Pilar entrou com o corte da terra. Já o Instituto Casaca de Couro garante a compra da produção”, explicou o gerente regional da Empaer em Itabaiana, Paulo Emílio.

A proposta é utilizar as águas da transposição do Rio São Francisco, em uma ação que se estenderá até o município de Monteiro. Junto ao algodão são plantados milho e gergelim.

2025.jpegPara o agrônomo Vlaminck Saraiva, diretor técnico do Instituto Casaca de Couro, na Paraíba o algodão sempre foi cultivado em sistema de sequeiro, junto com outras culturas alimentares. A etapa que está sendo proposta aos produtores rurais, na parceria com a Empaer, é que o algodão seja trabalhado usando irrigação.

“Usamos a mesma metodologia, mas tudo em áreas irrigadas. Com o pessoal investindo em irrigação, que pode ser com recursos próprios ou através de financiamento junto ao Banco do Nordeste, que financia através do Agroamigo”, explicou.

O trabalho de orientação de cultivo, desde o preparo do solo até a colheita, é feito conjuntamente pelos extensionistas da Empaer.

Todo a produção do algodão recebe o certificado do Instituto Casaca de Couro que, também, adquire a safra com preço fixo.

“Então, garantimos o mercado para o algodão e estamos buscando também empresas que têm interesse em comercializar o gergelim e o milho que seriam para a produção de silagem e comercializar na própria região junto aos pecuaristas”, comentou.

A proposta inicial definida entre a Empaer e o ICC, foi de que este projeto fosse iniciado pelo município de Pilar, mas a meta é expandir a todos os municípios contemplados com as águas da transposição, partindo do município de Monteiro, no Cariri, até São Miguel de Taipu, no Agreste. “Enfim, inicialmente, queremos chegar a todos os municípios que estão às margens do Rio Paraíba. Mas se alguém tem um poço, um açude, um manancial que tenha condições de irrigar, estaremos juntos, Empaer e ICC, para executarmos esse projeto”, afirmou.