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Paraíba se torna pioneira ao lançar acerola mais saborosa e rentável
Depois de mais de duas décadas de pesquisas, foi lançada nesta quarta-feira, dia 12, no Campus II da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em Areia, Brejo paraibano, a cultivar de acerola denominada Rubi-PB, desenvolvida pela Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer) e o Centro de Ciências Agrárias da UFPB (CCA), com validação no Registro Nacional de Cultivares.
A solenidade contou com as presenças do presidente da Empaer, Aristeu Chaves, do diretor de pesquisa da Empaer, Aderval Monteiro Valença Dias, e representando a Magnifica Reitora da UFPB, Terezinha Domiciano, esteve a professora Magnólia Araújo Costa, diretora da Agência do Tecnológico da UFPB, além de pesquisadores envolvidos nas pesquisas, inclusive, o professor João Bosco, que iniciou as análises por volta do ano de 2000, na antiga Emepa.
O presidente da Empaer, Aristeu Chaves considerou de grande importância as pesquisas sobre a nova variedade de acerola porque se adapta muito bem ao clima do semiárido do Nordeste e abre perspectivas de investimentos.
A variedade da acerola (Malpighia emarginata DC.), se destacasse em produtividade, pelo teor de sólidos solúveis, sabor e coloração da polpa em relação a outras variedades.
O registro desta cultivar representa um marco para o desenvolvimento da região e do setor agrícola em todo o País, tornando a Paraíba pioneira com essa cultivar. As mudas podem ser produzidas, sob encomenda, ao Viveiro de Fruticultura do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais do CCA/UFPB ou na Estação Experimental de Pesquisa José Irineu Cabral da Empaer, em João Pessoa.
Histórico – Há cerca de 25 anos, o pesquisador João Bosco iniciou as pesquisas, utilizando materiais testados o Banco de Germoplasmo da antiga Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária (Emepa). No ano de 2006, com os avanços, o projeto passou a ser conduzido pela pesquisadora Gerciane Cabral da Silva, também da Emepa. No ano de 2019, a partir de uma parceria, as pesquisas foram desenvolvidas pelo Viveiro de Fruticultura do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais do CCA/UFPB.
Segundo a pesquisadora, a Cultivar Rubi-PB apresenta elevado teor de ácido ascórbico e antocianinas, nutrientes essenciais que trazem benefícios à saúde. “A cultivar se destaca pela preservação do sabor e sua coloração vermelho-escarlate mais intensa e estável ao longo do tempo de armazenamento, além de maior tempo de permanência no pé, favorecendo a colheita antes de caírem ao solo, agregando valor comercial. Com isso, promoverá o desenvolvimento da cultura regional”, explicou.
Com a validação no Registro Nacional de Cultivares (RNC), em setembro de 2024, a Rubi-PB passou a ser primeira fruteira desenvolvida e registrada na Paraíba.
Os trabalhos de pesquisa conduzidos pela agrônoma Gerciane Cabral da Silva, pesquisadora da antiga Emepa (atual Empaer), conta com a colaboração das professoras Rejane Nunes de Mendonça e Naysa Flávia Ferreira do Nascimento, responsáveis pelo Laboratório de Fruticultura e Melhoramento de Plantas do CCA, além da servidora Jandira Pereira da Costa.
A acerola Rubi-PB está à disposição dos produtores rurais, que poderão fazer as encomendas junto ao viveiro da Empaer na Estação Experimental Cientista José Irineu Cabral da Empaer (mudas certificadas) e no Centro de Ciências Agrárias da UFPB que poderão produzir as mudas. Para o diretor de pesquisa da Empaer, Aderval Monteiro Valença Dias, a partir do primeiro trimestre de 2026, as mudas estão sendo preparadas para comercialização.