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Pesquisas e extensão fortalecem a caprinocultura da Paraíba
A Empresa Paraibana de Pesquisa, Regularização Fundiária e Extensão Rural (Empaer), vinculada à Sedap, juntamente com parceiros, empreendem ações que estão fortalecendo a cadeia produtiva da caprinovinocultura leiteira e de corte na Paraíba. Com isso, consolidando uma atividade que aquece a economia nos municípios, gerando renda para famílias residentes no meio rural.
O melhoramento genético a partir da importação de animais e mais investimentos em pesquisas pelo governo, disponibilizadas para os criadores, com a efetiva participação da extensão rural, melhorou a produtividade e qualidade do rebanho caprino e ovino paraibano.
O Programa Leite da Paraíba, executado pelo governo, é o principal mercado e tem sido fundamental para manter aquecida a cadeia produtiva, cada vez mais crescente em todo o semiárido. No mês de junho, o governador João Azevedo autorizou suplementação orçamentária no valor de R$ 4,72 milhões como contrapartida para execução do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade do leite. Somados aos recursos do governo federal (Ministério da Cidadania), serão R$ 24 milhões injetados neste setor, beneficiando cerca de 30 mil famílias e 1.300 criadores.
A comercialização da carne caprino está em escala crescente na Paraíba. A certificação de inspeção e a instalação de novos abatedouros são propostas que estão na pauta de discussões, o que vai agregar valores e permitir expandir as atividades produtivas e comerciais. Alguns municípios se destacam na fabricação de queijo e outros derivados do leite.
Nos últimos três anos, em face das estiagens, para manter os rebanhos, os criadores investem na produção de sorgo, milho e capim elefante irrigados, mas a palma forrageira foi o principal volumoso para alimentar os caprinos. No caso específico para a produção de leite, também é utilizado o concentrado de farelo de milho e torta. Os animais de corte são criados a pasto.
A Chamada do Leite, desenvolvida em 29 municípios, com duração de cinco anos a partir de 2013, trouxe sustentabilidade e organização social à cadeia produtiva da caprinocultura leiteira, contribuindo para um novo estágio desta atividade no Cariri. Famílias inseridas no Programa Brasil Sem Miséria também optaram por construir salas de ordenhas. No outro programa, o Procase, se destacou a caprinocultura leiteira nas associações e cooperativas, quando foram executadas ações de sanidade animal.
Merece destaque o programa que disponibilizou 48 reprodutores e 1.200 doses de sêmen resfriados de caprinos das melhores raças para criadores, o que permite avanços consideráveis do programa de caprinocultura executado pelo Governo do Estado, por meio da Empaer. Este material genético foi utilizado em quatro mil cabras. São mais de dois mil animais que vão ser melhorados através da inseminação e reprodutores emprestados, filhos dessas matrizes caprinas. Também serão realizados 36 cursos de capacitação com produtores de caprinos leiteiros da base familiar.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com um rebanho de 20 mil cabeças de caprinos e ovinos, a Paraíba tem uma produção média de 14 mil litros diários, gerando um faturamento superior a R$ 7,5 milhões.
Em cumprimento as determinações das autoridades sanitárias, o atendimento aos criadores neste período de pandemia é feito de forma remota, com os técnicos mantendo contatos e tirando as dúvidas à distância. Quando necessário, mantendo as conversas com a distância recomendada, estes vão até a propriedade.
A extensão rural neste período tem sido fundamental para que a produção continue sem interrupção, acompanhando e orientando na produção de ração. Os criadores não pararam suas atividades, portanto, os atendimentos foram mantidos.
Estes e outros assuntos relacionados com a cadeia produtiva da caprinocultura serão abordados durante Live que a Empaer realiza, na sexta-feira, dia 17 a partir das 10h30, denominada de “Caprinocultura, Avanços e Desafios”, tendo como debatedores o Agrônomo Extensionista Genilson Brito e o Zootecnista e Pesquisador Wandrick Hauss de Sousa, além dos mediadores Justino Vieira, Geneilson Evangelista e Thyago Maia, todos da Empaer.