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Presidente da Asbraer participou de Seminário sobre Controle do Bicudo promovido pela FAO, ABC e ABRAPA

publicado: 12/07/2019 11h22, última modificação: 12/07/2019 11h44
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Nos dias 10 e 11 deste mês, a Organização das Nações Unidas pela Alimentação e Agricultura (FAO), a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA), promoveram o Seminário Regional sobre o Controle do Bicudo. Os países participantes são Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru. O objetivo do seminário é trocar informações com estes países sobre as boas práticas para o controle do bicudo de algodoeiro adotadas no Brasil.

O presidente da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (ASBRAER) e da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regulrização Fundiária (EMPAER/PB), Nivaldo Magalhães, foi convidado pela FAO a participar do evento e contribuir com seu conhecimento e experiência.

Segunda.jpegAbrindo as exposições, o representante do Instituto Mato-grossense de Algodão (IMAmt), Guilherme Rolim, discorreu sobre as medidas utilizadas no Mato Grosso para o controle da praga. Guilherme apresentou um diagnóstico mostrando o crescimento exponencial do bicudo, causando sérios problemas à safra.

Buscando solucionar a situação, o IMAmt subdividiu as áreas produtoras para facilitar a criação de grupos técnicos do algodão e monitorar as plantações em nível estadual. Foi montado um armadilhamento em cada área e, com os resultados coletados, o Instituto alimentou um banco de dados para acompanhar a progressão do inseto em todo o estado. Nas regiões com maior desenvolvimento da praga foi feita a instalação de Tubo-Mata-Bicudo. Além disso, um estudo de aplicação química foi feito para aumentar a eficiência no controle do inseto. De posse de todas essas medidas, criou-se uma campanha de combate do bicho no estado.

Ainda do IMAmt, Joelcio Carvalho, apresentou a criação do aplicativo LiveFarm para o monitoramento do armadilhamento. O aplicativo fornece dados como temperatura, umidade relativa, data, horário de contagem e, com isso, tem-se o monitoramento do bicudo em tempo real. Isso possibilita maior precisão para tomar medidas de combate à praga. Como resultado, o LiveFarm possui informações online e em tempo real com baixo investimento.

Thiago Pujnemburg, da Associação Paulista dos Produtores de Algodão (APPA), falou sobre a experiência de São Paulo para o combate do bicho. Segundo Thiago, no estado, é utilizado sistema de monitoramento com georreferenciamento das áreas de algodão. Com esse monitoramento, as informações são compartilhadas com os produtores via WhatsApp. Esse sistema, utilizado em São Paulo, possibilita realizar relatórios para avaliação e reavaliação das medidas nas áreas de produção.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na representação de Carlos Goulart, discorreu sobre os aspectos legais para controle do inseto e afirmou que a cadeia produtiva do algodão no Brasil é a mais organizada para controle de pragas. "Importante lembrar que o tripé falado aqui, monitoramento, armadilhamento e controle de agrotóxico são bastante eficientes no controle do bicudo", afirmou. Carlos informou ainda que a legislação de vigilância sanitária para o controle dessas pragas é estadual e municipal.

Terceiro.jpegPara o presidente da Asbraer, esse seminário é muito importante devido à troca de conhecimento. "Importante o evento para ver a experiência de vários estados, a exemplo de São Paulo e Mato Grosso, bem como dos países do Mercosul. Estes bem mais parecidos com a nossa realidade devido trabalharem com pequenos agricultores. A participação da ABRAPA, do MAPA e da Embrapa coroam a importância desse seminário", firmou.

Na quinta-feira (11), a programação constou visita técnica ao Centro de CENARGEN da Embrapa, para troca de conhecimento das delegações de cada país sobre o trabalho de desenvolvimento de recursos de biotecnologia para controle de pragas, especialmente sobre o bicudo do algodão.

Ao encerramento do evento, espera-se que estejam ainda mais capacitados os técnicos presentes com conhecimento das boas práticas para serem replicadas, respeitando a realidade de cada área, com medidas de controle de pragas, sobretudo o bicudo.

TEXTO TRANSCRITO DA ASBRAER.