Produtores rurais mostram interesse por máquina picotadeira de palma

A máquina picotadeira de palma forrageira, que reduz riscos de acidentes, baixo custo na fabricação, evita desperdícios e agiliza o preparo da ração animal, desenvolvida por pesquisador da Empresa Estadual de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Sedap, está atraindo a atenção de produtores rurais paraibanos.

Nesta semana, uma comitiva do município de Santa Cecília visitou a estação da Empaer em Alagoinha para conhecer o funcionamento da máquina. Estiveram presentes o prefeito Marcílio Faria e integrantes da administração municipal, acompanhados do gerente regional da Empaer em Campina Grande, Ailton Santos. Visando o fortalecimento da cadeia de produção de leite, a prefeitura de Santa Cecília vai confeccionar exemplares da máquina para doação a criadores.

Idealizada em 1994 pelo pesquisador Manoel Ferreira de Vasconcelos, da Empaer, à época atendeu a demanda da Estação Experimental Pendência, em Soledade, onde é desenvolvida pesquisa de melhoramento genético de caprinos e ovinos. No começo deste ano a Estação Experimental Alagoinha construiu máquina, seguindo o mesmo modelo, apresentando resultados positivos, como explicou o gerente da estação Rubens Fernandes da Costa. Ele informou que com a faca o corte de palma era de 35 kg por hora, passando a 522 kg com o equipamento, sem risco de acidente.

O presidente da Empaer Nivaldo Magalhães destacou o trabalho da pesquisa e da extensão rural atuando de modo a fazer com que as tecnologias cheguem aos produtores. O gerente regional da Empaer Ailton Santos lembrou que os criadores de Santa Cecília tomaram conhecimento da máquina picotadeira e manifestaram o desejo de conhecer. “Foi então que este grupo, inclusive com um fabricante, esteve em Alagoinha para ver os detalhes de sua fabricação e como funciona”, disse.

Segundo Rubens Fernandes, o uso da máquina na propriedade apresenta muitas vantagens, porque é de fácil manuseio, prática no corte da palma, apresenta excelente produtividade. Com o corte manual, mesmo usando equipamentos de proteção – luva especial – corre o risco de acidentes, os pedaços da palma ficam desiguais e a faca precisa do amoldamento.